Quarta-feira de cinzas não é o fim do carnaval, mas o início da quaresma. Nesse dia somos lembrados que nada somos e que nada temos a ganhar ou perder nesse mundo. Esse mundo não nos interessa.
Durante esse período a Igreja nos chama a uma profunda reflexão sobre nossa condição de cristãos. Estamos anunciando o Cristo? Estamos vivendo o que prega seu santo evangelho? Estamos mostrando ao mundo que cremos? Estamos mostrando a alegria de anunciar o evangelho? Estamos sendo sal da terra e luz do mundo?
O sacramental é para nos lembrar…. Nos colocar novamente na realidade: “Amigo(a), não somos nada.”
Nosso Senhor nos ensina nesse período que nossas agonias e dramas não é nada comparado a grandeza de sua ressurreição. Vamos sofrer? Sim. Vamos cair? Sim. Vamos nos levantar? Claro! A liturgia durante toda a quaresma nos colocar diante de dilemas, eliminações, tramas de assassinato, perseguições, porém o importante está no final. Ressuscitaremos em Cristo!
Para isso acontecer existe todo um itinerário. Um caminho a ser seguido. E ele se chama quaresma. Seguindo esse caminho somos convidados a “rasgar o coração”.
No início deste texto eu citei “Estamos mostrando a alegria de anunciar o evangelho?”. Esse período da quaresma é período que mais vemos pessoas tristes nas paróquias, cabisbaixas e suspirosas. Quaresma não é uma tristeza exterior. Não adianta se vestir de saco, ficar com olheiras, fazer jejum e não rasgar o coração.
Quaresma é o período de espera e certeza. Esperar no Senhor em nossos sofrimentos e a certeza que o sepulcro vai estar vazio.
Não adianta “cinzar” se o coração está fechado, não tem sentido!
Temos 40 dias para silenciar e esperar. Não é parar e ficar prostrado… Quaresma é tempo de evangelizar com atitudes e converter-se interiormente… Nada de cara de sono nas missas e colocar a culpa no Jejum.
Juntos receberemos as cinzas, juntos sofreremos, juntos esperaremos e em Jesus ressuscitaremos.
Maria Regina Caeli intercedenti
Por Marco Antônio